COBERTURA


A Igreja por ter se institucionalizado, desenvolveu uma forma de relacionamentos árida e cheia de interesses políticos. A conexão entre a cristandade e suas lideranças espirituais passou a basear-se em aspectos meramente administrativos. Neste modelo de “igreja” o fiel agregado não passa de membro, e adere aos parâmetros estatutários, mas não recebe um “DNA espiritual” para tornar-se filho.
O princípio da paternidade espiritual norteou o governo eclesiástico e os relacionamentos na Igreja Apostólica primitiva. Bispos eram ordenados sobre jurisdições geográficas sob a orientação e liderança paternal dos apóstolos. Paulo de Tarso foi o pioneiro desta configuração bíblica e salutar de governo. Diversas igrejas formavam grandes redes de comunhão, intercessão e expansão do Reino de Deus.

Parece claro que não existe um respaldo escriturístico para a terminologia “cobertura espiritual”, porém, o âmago e a essência deste princípio permeiam toda a realidade da Igreja do primeiro século. Pode-se dizer que não cabe o termo cobertura, pois as trevas não atacam a Igreja por cima visto que a cabeça é Jesus Cristo, mas atacam os fundamentos. E é exatamente isto que tem ocorrido ao longo dos séculos, os fundamentos da Igreja têm sido atacados; o fundamento da fé, o fundamento da esperança, e o fundamento do amor, por isso, doutrina contaminada, pessimismo e incerteza quanto ao futuro, e alianças frágeis. Assim, emerge a necessidade, sim, de cobertura, mas a cobertura dos fundamentos de cada membro do corpo do Cristo. Para tanto, precisamos lembrar que o fundamento da Igreja é imutável, e está sendo restaurado em nosso tempo, estamos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.” (Efésios 2:20). Líderes dotados de um dos cinco ofícios do ministério devem assumir seu papel de pais edificadores, e discípulos do Reino devem assumir o papel de filhos edificados, enquanto crescem para se tornarem pais também. Este o ciclo da vida natural e o ciclo da vida no Reino.

Um comentário:

  1. A paz Apostolo,gostaria de esta aprofundando, uma conversa com o Senhor para filiação meu E-mail, leandrofelix1@gmail.com

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